sábado, dezembro 31, 2005

balada do cárcere de reading

contudo homens matam o que amam
seja por todos isto ouvido,
alguns o fazem com acervo olhar,
outros com frases de lisonja,
o covarde assassina com um beijo,
o bravo mata com o punhal!

uns matam seu amor quando são jovens,
outros quando velhos estão;
com as mãos do desejo uns estrangulam
outros do ouro com as mãos;
os de mais compaixão usam a faca,
o morto assim logo se esfria.

uns amam pouco tempo, outros demais;
este o amor compra, aquele o vende;
uns matam a chorar com muitas lágrimas,
outros sem mesmo suspirar:
porque cada um de nós mata o que ama,
mas nem todos hão de morrer.


[oscar wilde]

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

acha que é assim mesmo??

3:51 da manhã  
Blogger Lia said...

baroc (hahaha) acho.
principalmente quando ele diz:
"porque cada um de nós mata o que ama,
mas nem todos hão de morrer."

só não pode levar bem ao pé da letra tudo o que ele falou.
;)

4:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

|Esse cara é bom. E sem nenhuma culpa por ser pessimista no início de um ano que acredito que será muito bom pra mim, concordo plenamente. A humanidade não tem salvação.

9:42 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

é verdade..

nem todos acabam passando pelos dois lados da moeda. Bom 2006. Beijos.

9:56 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este poema relata a nefasta diferença que temos dos outros animais por nos acharmos racionais. E mesmo se o somos, a emoção e a ganância egoísta nos faz aniquilar o que devemos manter conosco sempre: O amor!

3:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ele sabe das coisas.
:}

11:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Palavras bonitas. ;}
Mas continuo achando que uma porta é uma porta :~

hehe


beeeijo
:*

3:53 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home