só mais um dia;
ela estava deitada de lado na cama,
as lágrimas corriam pelo seu rosto;
os punhos cerrados.
a dor.
ela sequer ouviu passos,
mas estremeceu ao sentir a presença dele.
canalha;
forçava-se a não olhar.
ele derrubara o seu mundo sem ao menos pedir licença;
ele a despedaçara;
e assim a deixara.
maldito, sem um pingo de consciência;
acha bem que tem esse direito
e se deita ao lado dela, passa a mão sobre suas coxas;
mais uma vez ela estremece,
se afasta;
refuta sem abrir a boca.
tira suas mãos de cima do seu corpo;
levanta e o olha.
não com um simples olhar;
mas com um último olhar, com um olhar de adeus;
com um olhar acusador, com um olhar cheio de dor.
ele sem palavras, baixa o olhar;
agonizante, se põe aos pés dela
e chora, chora como nunca antes o fez;
ela levanta o seu rosto, olha-o profundamente.
nunca mais ele faria o que fez;
e assim, sem derramar uma lágrima sequer,
ela vira-se e fecha a porta que faz um barulho seco e melancólico.
desaba em prantos;
ela.
ele.
7 Comments:
e lá vem um novo começo.
(e o sentimento reina, hum?)
:*
aaah, o gosto amargo da despedida e do arrependimento..
..que nunca o sentiu?
hahahah
ah, mas o texto tá mesmo cheio de sentimento :~
eu sei como é, afinal, "o poeta é um fingidor..." :)
nossa, e eu ainda li isso ao som de uma música altamente melancólica! ;~
senti tudinho
heheheh
adorei
:*
Na pressão do desejo, niguém segura o choro, nem o olhar! Muito boa poesia !
que mania de dizer que o que escrevo é poesia.
sou uma mera contadora de histórias;
;)
algumas vezes boas, outras ruins.
mas fazer o queê?
;P
e no fim, todo mundo chora msm!
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