terça-feira, abril 17, 2007

ia.

as paredes não têm mais aquele tom esverdeado;
a madeira do chão reluz mais do que nunca e o vazio que preenche a casa é de arepiar.
a campainha enfim toca! era a deixa para a música começar a tocar.
suave, detalhe marcante para descrever a cena.
apenas duas taças, por enquanto. uma delas suja de batom.
batom vermelho, característico dela.
percebem que as velas não são necessárias e as apagam.
a lua ilumina tudo maravilhosamente bem e no tom certo,
a campainha, mais uma vez.
mais três taças e um violão são adicionados à cena.
a música para.
risadas, carícias, lembranças.
duas taças se afastam. é a lua cheia! cheia de encantos
um anel vermelho em torno dela, da magia à sedução.
três corações palpitam forte e um violão começa a tocar um blues;
e é só o que se escuta. o blues da piedade, do amor, da despedida.
taças reunidas, brinde feito.
a música, suave, volta.
saem pessoas, chegam pessoas, o clima permanece igual.
e dançam, dançam até amanhã de manhã.
tiram seus sapatos vermelhos, desobedecendo a ordem, e dançam como nunca antes daçaram.
a maderia não reluz tanto e a chuva os faz sentir um quê de melancolia no ar.
os raios de sol não afetam as pessoas, nã, não.
o coração é grande demais pra isso.
alguns deitam e dormem enquanto outros acordam,
ah, a casa arrepia mais uma vez.
vazio grande.
dias como esse farão falta.
nostalgia.
melancolia.
lia ,